Departamento de Engenharia de Produção EESC-USP

Surgiu à partir do curso de Engenahria de Produção da EESC, criado em 1971 e do Departamento de Engenharia de Sistemas, criado em 1973.

O curso de Engenharia de Produção da EESC iniciou suas atividades em 1971. Estima-se que seja o terceiro curso de Engenharia de Prdoução do país. Em função do curso, a EESC criou o Departamento de Engenharia de Sistemas, constituído por duas áreas: Divisão de Estudos de Sistemas e a Divisão de Engenharia de Produção. A estrutura atual do departamento, como Engenharia de Produção, foi estabelecida em 11 de novembro de 2001.

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A origem do Departamento

Os cursos de graduação em Engenharia de Produção surgiram no final da década de sessenta e início dos anos setenta, impulsionados pelas demandas de empresas multinacionais vindas para o Brasil; e o amadurecimento das instituições de ensino de engenharia (Batalha, 2011). O curso da Engenharia de Produção da EESC está entre os pioneiros. Criado em 1971, ele está entre os três primeiros cursos do Brasil. A constituição do Departamento de Engenharia de Produção foi um dos resultados da evolução deste curso, que trouxe significativas contribuições para a área de Engenharia de Produção no Brasil

O que significa Engenharia de Produção?

A Engenharia de Produção é uma modalidade de engenharia de sucesso, que prosperou significativamente no Brasil, e vem contirbuindo para o seu desenvolvimento econômico e social. É uma engenharia que emprega uma visão holística e multidisiplinar para solucionar problemas em sistemas produtivos. Segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção:

“Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia.”

Elaborado a partir de definições do International Institute of Industrial Engineering – IIIE – e Associação Brasileira de Engenharia de Produção – ABEPRO.

A origem da graduação de Engenharia de Produção

O embrião do curso de graduação em Engenharia de Produção da EESC foi a Cátedra no 12 denominada “Estatística Aplicada, Matérias Econômicas e Administrativas”, que em novembro de 1969 foi agregada ao Departamento de Engenharia Mecânica, por decisão da Egrégia Congregação da EESC; atendendo às normas de Departamentalização da Reforma Universitária que se processava na USP, naquela ocasião.

A Cátedra no 12 foi constituída das seguintes disciplinas: Estatística Aplicada, Organização Industrial, Economia, Economia Industrial, Relações Humanas, Higiene e Segurança Industrial, Finanças da Empresa, Contabilidade e Custos, Medida do Trabalho, Estudo do Trabalho, Movimentação de Materiais, Projeto do Produto, Métodos Quantitativos, Processos de Manufatura, Programação e Controle da Produção, Controle de Qualidade e Manutenção, Processamento de Dados, Administração Geral, Administração Salarial, Arranjo Físico.

Os esforços dos docentes responsáveis por esse núcleo deram início à criação do curso. Em 22 de novembro de 1968, na 30a Reunião Extraordinária da Egrégia Congregação da Escola de Engenharia de São Carlos, foi aprovada a criação do curso de Engenharia de Produção.

Em 23 de junho de 1969, o Conselho Universitário da USP referendou a decisão, aprovada no Conselho Estadual de Educação em 27 de outubro de 1969, por ocasião da sua 278a Sessão Plenária. A reitoria da USP publicou a portaria Portaria GR-987, em 04 de dezembro, dispondo sobre a criação do curso de Engenharia de Produção da EESC. Finalmente, em 15 de setembro de 1971, o Presidente da República através do Decreto no 69.207 autorizava o funcionamento do curso. Em 19 de dezembro de 1975, colou grau a primeira turma de Engenheiros de Produção formados pela EESC.

O curso é um dos pioneiros no país, o terceiro segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção, e amadureceu junto com a profissão em nosso país. Nele formaram-se profissionais de significativa importância social para a região e o desenvolvimento do país. Importantes lideranças na indústria e acadêmicos que consolidaram a Engenharia de Produção do Brasil, auxiliando a constituir as primeiras gerações de professores em Engenharia de Produção. O curso ajudou significativamente o desenvolvimento da pesquisa na área e na criação das instituições de classe, eventos profissionais e acadêmicos. Ao mesmo tempo que evoluiu de 12 para 20, e depois 30 vagas. Mais recentemente, o curso passou a ofertar 50 vagas.

O Departamento de Engenharia de Sistemas

O Departamento de Engenharia de Sistemas (SES) foi criado na EESC em 1973, constituído por duas áreas: divisão de estudos de sistemas e a Engenharia de Produção. Na época, o departamento se dedicada às pesquisas e prestação de serviços para a comunidade nas áreas: economia da produção, tempos de processamento de atividades, teoria dos sistemas, administração pública de obras e outras correlatas. O corpo docente deste departamento atuou fortemente na implantação do curso, com disciplinas como a SES121 – Viabilidade Econômica e SES122 – Direito Administrativo (EESC, 1974).

Nas duas décadas seguintes, o corpo docente se desenvolveu, o número de vagas do curso elevou-se para 20 e este conjunto de docentes passou a integrar a área de Engenharia de Produção do Departamento de Engenharia Mecânica, permanecendo esta configuração até o início do próximo milênio.

A constituição do atual Departamento de Engenharia de Produção

Entre 2001 e 2002, houve a criação do Departamento de Engenharia de Produção, com rápida expansão no número de professores e uma série de mudanças e melhorias no curso. A principal delas foi a reforma curricular coordenada pelo Prof. Fernando César Almada Santos e pelo então chefe do Departamento Prof. Moccelin, com importantes atualizações (SANTOS, 2003).

Neste período houve a introdução do Trabalho de Conclusão de Curso, a reorganização de disciplinas para facilitar a internacionalização, o início das aulas de projeto e experiências de Problem Based Learning, exemplos representativos das mudanças realizadas. O curso ainda se chamava Engenharia de Produção: Mecânica.

Entre 2010 e 2013 um novo conjunto de mudanças foi realizado em uma mudança curricular significativa que alterou o nome do curso para simplesmente Engenharia de Produção, acompanhando a evolução na legislação do CREA que permitiu o funcionamento dos cursos de Engenharia de Produção plena.

Nesta nova mudança foram introduzidos a modalidade de Projeto Integrado, oferecidos no sétimo semestre.

O impacto do Departamento de Engenharia de Produção na sociedade

Ao longo do tempo, os professores e egressos do curso de engenharia de produção e, mais recentemente, do departamento realizaram importantes contribuições para o avanço da indústria no Brasil e, mais especificamente para a área:

Formação da primeira geração de docentes formados em engenharia de produção no país. O início dos cursos de engenharia de produção se deu com profissionais com formação em outras áreas. Sendo um dos primeiros cursos, muitos egressos tornaram-se docentes em instituições de ensino superior na área.

Organização do segundo Encontro Nacional de Engenharia de Produção.